sexta-feira, 3 de junho de 2011

2 Fichamento

Dor orofacial e absenteísmo em trabalhadores da indústria metalúrgica e mecânica

Josimari Telino de Lacerda; Jefferson Traebert; Mari Lúcia Zambenedetti


“O objetivo do estudo foi verificar a prevalência de dor orofacial e sua relação com absenteísmo em trabalhadores do setor metalúrgico e mecânico do município de Xanxerê, Santa Catarina. Realizou-se um estudo transversal envolvendo todos os trabalhadores do sexo masculino (n = 480) das 13 indústrias do setor no município.”
“A prevalência das condições dolorosas é elevada e crescente nos últimos tempos. No recente levantamento nacional sobre as condições de saúde bucal observou-se que 33,7% da população entre 15 e 74 anos de idade relatou ter sentido dor nos seis meses anteriores à pesquisa, sendo que, destes, cerca de 9% afirmou ter sentido dor intensa (Brasil, 2004). Em um estudo de base populacional envolvendo a população adulta da cidade de Chapecó, Santa Catarina, foram encontradas altas prevalências de dor orofacial (21,4%) e de dor dentária (17,1%) (Lacerda, 2005). Ademais, a dor de dente é vivenciada como dificuldade enfrentada pelas populações e pelos indivíduos, que não encontram nos serviços de saúde meios apropriados para o cuidado à saúde bucal (Ferreira e col., 2006). Adotam a automedicação como alternativa para solucionar o sofrimento, conforme relato de profissionais de estabelecimento farmacêuticos (Silva e col., 2008).”
“Absenteísmo é o termo utilizado na literatura para, genericamente, indicar o não-comparecimento inesperado ao trabalho, especialmente aquele que acontece de forma repetitiva. Dentre as diversas possibilidades utilizadas para caracterizar o absenteísmo, pode-se evidenciar o absenteísmo por motivo de saúde e o absenteísmo-doença (Castejón, 2002). O primeiro compreende ausências devido a problemas de saúde próprios ou de seus dependentes, onde o trabalhador não está impedido de exercer suas atividades. Trata-se de aspectos que envolvem procura por diagnóstico, prevenção ou terapia. Caracterizaria uma condição potencialmente questionável em relação à necessidade de interrupção do exercício laborativo. No segundo caso, a ausência ao trabalho decorreria da falta de capacidade para exercer as atividades em razão de doença ou acidentes, configurando condição inquestionável quanto à necessidade de afastamento (Castejón, 2002).”
“A intensidade da dor orofacial foi classificada como leve pela maioria dos trabalhadores. Dor de dente espontânea foi o tipo que causou maior sofrimento.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário